Marli Pó

Marli Pó

sábado, 7 de agosto de 2010

EMOÇÕES BARATAS - MUSICAL DE JOSÉ POSSI NETO


Imperdível! Emoções Baratas, que depois de 22 anos estreiou em São Paulo no Estúdio Emme, está impecável. Com bailarinos, músicos e cantoras ma-ra-vi-lho-sas....Karin Hils e Bibba Chuqui dão um show a parte.
Karin, ex-rouge, depois de atuar em Hairspray dá um show de interpretação, aliás, o musical concede esse presente para cada interprete seja ele musico, dançarino ou cantor.
Os movimentos, a coreografia as músicas são realmente de babar.
Interagindo com o público, Emoções Baratas é um dos Musicais nacionais mais bonitos que eu pude assistir; claro que os gostos diferem, mas a reação do público no dia de estréia foi realmente unanime.

Vale a pena conferir!

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Direto da redação da UOL

O diretor de teatro José Possi Neto remonta o premiadíssimo espetáculo Emoções Baratas. O espetáculo show, criado por ele em 1988, ficou em cartaz por mais de dois anos e meio, e volta à cena, dia 30 de julho. O ano de 2010 marca os 22 anos da estreia original. Emoções Baratas é ambientado como um cabaré, em um clube de jazz. Os músicos e bailarinos começam o musical misturados com o público, ainda no saguão de entrada. Alguns números permitem a interação com o público.Possi Neto revisita o espetáculo trazendo de volta os músicos do grupo Heartbreakers, apresenta novos bailarinos e duas novas cantoras: Bibba Chuqui e Karin Hils. Segundo Possi, a nova montagem de Emoções vai promover um novo resultado. “Eu adaptei e moldei cada artista, de acordo com suas habilidades e desempenhos em cena. Revisitei todas as etapas, elementos e detalhes”. José Possi Neto assina a direção geral, roteiro e coreografias, e a direção musical fica por conta de Guga Stroeter , integrante dos Heartbreakers. Os figurinos são de Fábio Namatame.
Emoções Baratas
Estúdio Emme - R. Pedroso de Moraes,1036
De 30/7 a 31/10
Informações: (11) 2626-5835
Atores nos bastidores de "Emoções Baratas". Criado e apresentado na linguagem de teatro-dança, o espetáculo apresenta uma banda, bailarinos e cantoras em uma cena jazzística, inspirados em lembrança do diretor de Boston, EUA, em 1977, em uma casa de jazz na cidade. Uol Entretenimento


Da Redação do Estadão

Maria Eugênia de Menezes

Não havia nada para fazer naquele verão em Nova York. Então, José Possi Neto partiu para uns dias em Boston. Era uma noite quente de 1977. Sozinho, ele caminhava a esmo por uma rua desconhecida da cidade americana, mas acabou parando ao ouvir a música que vinha de um porão. Decidiu entrar. Lá dentro, no salão esfumaçado, a plateia era quase toda negra e lotava as mesas ouvindo uma banda de jazz. "O som era absolutamente maravilhoso. Eu só não conseguia entender como é que todo mundo conseguia ficar sentado, sem dançar", lembra o diretor.
Luiz Tripoli/Divulgação
Luiz Tripoli/Divulgação
Cena do espetáculo que segue ritmo das canções de Duke Ellington

Foi para resolver esse impasse que Possi criou Emoções Baratas, espetáculo que abre temporada a partir de hoje, para convidados, e amanhã, para o público.

O musical é uma releitura de sua versão original, lançada em 1988, e volta agora a ocupar o mesmo palco de antes, no Estúdio EMME, endereço do antigo Avenida Club.

À época, Emoções Baratas estourou quase instantaneamente como sucesso: ficou mais de 30 meses em cartaz e lançou a Big Jazz Band Heartbreakers, criada um ano antes por George Freire e Guga Stroeter.

Stroeter, que continua à frente da banda, assina também a direção musical da montagem e foi o responsável pela seleção das canções de Duke Ellington que servem de base ao musical.

Para criar o roteiro, Possi ficou por mais de um mês junto à orquestra. Editando uma por uma as 29 músicas e elaborando o argumento que iria servir de subsídio ao trabalho posterior com os bailarinos. "É essencialmente um trabalho de construção de imagens", explica ele, que fez cinco baterias de testes para conseguir selecionar os nove bailarinos e os dois grandes trunfos da montagem: as cantoras Bibba Chuqui e Karin Hils.

A alegria soturna. Ainda que mereça o nome de musical, Emoções Baratas pouco se assemelha aos congêneres em cartaz na cidade. Não tem um diálogo sequer, possui um esmerado trabalho de técnica corporal e envereda pelo caminho que é uma das marcas registradas da linguagem de Possi: o teatro-dança.

Tudo aquilo que já aparecia em criações inquietantes como Um Sopro de Vida volta à baila em Emoções. E, ainda que o tom aqui seja um pouco mais solar, não dispensa certa atmosfera lúgubre. "Não tem como não ser sombrio", diz Possi. "São personagens da noite, pessoas que são sofisticadas, mas que vivem à margem e remetem a uma época de segregação. Eles podem até ser marginais de luxo, mas ainda assim marginais."

Trilogia americana

Mucho Corazón - Cinco anos após a montagem de Emoções Baratas, em que se debruçava sobre o jazz, José Possi Neto retomou a parceria com a banda Heartbreakers e criou, em 1993, Mucho Corazón. O musical tinha como foco os ritmos latinos e a salsa. "Naquela época, o público ainda olhava para a música latino-americana com preconceito", lembra o diretor.

Baile Estelar - Voltado à música brasileira, Baile Estelar completava a trilogia que Possi Neto dedicou aos "ritmos americanos": o jazz, a salsa e o samba. Na montagem, o diretor e Guga Stroeter revisitavam as raízes negras da moderna MPB e passavam pelas canções de Ary Barroso, Luiz Gonzaga, Lamartine Babo e outros.

Emoções Baratas - Estúdio EMME (250 lug.). Av. Pedroso de Morais, 1.036, tel: 2626-5835. 5,ª, 21h; 6.ª, 21h30; sáb. 221h; com. 19h. R$ 50 R$ 80. Até 31/10

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