Marli Pó

Marli Pó

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ballet Stagium e Peruche reverenciam Clodovil Hernandes no sambódromo em SP



A coreografia que será exibida pelo ballet Stagium na avenida neste carnaval será em homenagem ao querido Clodovil Hernandes. A cada passo que damos para o mover do Instituto, nos deparamos com inúmeras e emocionantes histórias e novidades desse saudoso amigo.
Dna Márika e Sr Otero nos contaram um pouco mais e pudemos tecer ainda mais essa nossa história tão peculiar que é falar sobre Clodovil.

Segue abaixo informações sobre a coreografia, o carnavalesco Amarildo Mello estará focando o Teatro Municipal e a cultura paulistana como enredo na Peruche.


KUARUP OU A QUESTÃO DO ÍNDIO .


Estréia julho de 1977
Theatro Municipal de S.P.
Coreografia Décio Otero
Direção Marika Gidali
Figurinos Clodovil Hernandez
Adereços Claudio tapeceiro
Música original do al


Sinopse
A criação de Kuarup iniciou-se em 1975 ao conhecer as músicas dos índios do alto e baixo xingu, gravadas ao vivo pelos irmãos Villas Boas.
Sua riqueza rítmica e melódica é comparavel
Ás melhores composições contemporâneas.
Durante dois anos, progressivamente, conscientizei - me da necessidade de criar uma obra de dentro pra fora , daqui para lá, do Brasil para o mundo.
Kuarup é fruto da necessidade de criar algo genuinamente nosso.
Décio Otero

"O índio não é um animal que deve ser perseguido e caçado . O índio é homem livre .
Elenco
Marika Gidali Décio Otero
Geralda Bezerra Ricardo Ordonez
Nádia Luz Milton Carneiro
Aurea Ferreira Ricardo Gomes
Julia Zivianni Ademar Dornelles
Elsa Moche Geraldo Lachino
Denise Galioli Edgard Duprat

Estagiários Bernardette Miranda Ismênia Rogich
Clarita Colombiana Fábio Villardi

Participação especial
Clarisse Abujamra Tony Abbot

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Instituto Clodovil Hernandes acaba de nascer!


Dois anos após a morte do artista, estilista e deputado Clodovil Hernandes (PR-SP) finalmente seu desejo anunciado em testamento, que prevê a criação da Fundação Isabel Hernandes, está prestes a se concretizar. Trata-se de uma homenagem que Clô quis fazer à mãe adotiva e que deverá criar as chamadas Casas Clô.

De acordo com Mauricio Petiz, que foi amigo e assessor do parlamentar devido ao fato de a Justiça entender que a Fundação só pode ser viabilizada com o final do inventário - que ainda deve demorar para ser finalizado -, ele resolveu criar o Insituto Clodovil Hernandes, que terá sede na capital paulista.

“Como nosso País não tem memória, consultei uma equipe jurídica, que me orientou a criar o insitituto. Então, me uni a amigos e ex-funcionários do Clodovil para darmos a largada. No final do ano passado, consegui a papelada necessária e, esta semana, definirei a instalação. Só então buscarei parcerias que possam nos ajudar a transformar, posteriormente, o Intituto em Fundação, como sonhava o Clodovil”, explicou.

Em um imóvel, ainda não definido, localizado na capital paulista, Petiz pretende seguir o exemplo do Memorial JK, localizado em Brasília, e reunir objetos pessoais de Clô, aquarelas pintadas por ele e reportagens que narram sua trajetória. Com a ajuda de uma arquiteta, ele reproduzirá um estúdio de tevê, que contará ainda com fotos e imagens, que retratam sua trajetória no vídeo. Em outro espaço, ele reunirá o acervo de moda, com vestidos, croquis e muitas fotos. E, em um terceiro, haverá uma reprodução fiel do gabinete do parlamentar, em Brasília.

“Estou contando muito com a ajuda da doutora Maria Hebe [Pereira de Queiroz, inventariante dos bens de Clodovil] para concretizar esse projeto.Como os móveis do gabinete são de propridade do espólio, ela fez petição para eu usar em exposição e o juiz liberou com o intuito de preservar a memória do parlamentar. Ela não faz parte do insituto diretamente, pois está imbuída da criação da Fundação, mas tem procurado nos ajudar. Tudo está sendo feito com a conivência dela. Dividir num momento como esse só vai fracionar a memória. Prefiro agregar”, comenta Maurício.

Na tarde de terça-feira (15), aliás, Petiz foi recebido no Palácio dos Bandeirantes, pela primeira dama do Estado de São Paulo, Lu Alckmin, presidente do Fundo Social de Solidariedade, que também prometeu apoiar o projeto.

“Quando ela anunciou a implantação de uma escola de moda em parceria com entidades assistenciais, secretarias estaduais e prefeituras para ajudar as comunidades carentes percebi que poderíamos unir forças. Afinal, Clodovil – assim como Denner – foram os precursores da moda no Brasil. Em março, vamos nos encontrar novamente para disponibilizar o acervo dele para ser apresentado das aulas criadas pela equipe dela”, adianta Petiz.

Ainda segundo o assessor, o Instituto contará com ações culturais para a integração de adolescentee carentes. Com o apoio de profissionais de diversas áreas, Petiz pretende lançar oficinas de moda, beleza, culinária, desenho e uma série de atividades que prometem preparar adolescentes carentes para o mercado de trabalho e para a vida.

“Eu estava triste em ver que esse projeto não saíria do papel. Há dois anos, luto para que o talento do Clodovil não caia no esquecimento. Como ele, tantas outros talentos foram esquecidas, ainda em vida, em deterimento às bundas, aos BBBs da vida, que tomam espaço dessas pessoas. Nada contra eles... Mas deveríamos dar espaço principalmente aos grandes talentos. Fiquei chocado ao saber que a Lei Renault investiu na história de uma prostituta. Ainda se fosse para contar a história de uma Dona Beija, que recebia políticos e guardava segredos da nossa história, tudo bem. Mas trata-se de uma menina que poderia ter trilhado outro caminho... Porém, esse tipo de filme o Ministério Brasilieiro apóia e não o roteiro sobre a tajetória do precursor da moda no Brasil", desabafa Maurício, que além de uma produção cinematográfica, ainda pretende lançar uma biogarfia e um espetáculo teatral sobre a trajetória do polêmio Clodovil Hernandes.